Frequências respiratórias ideais na RCP pediátrica (PALS)

Frequências respiratórias ideais na RCP pediátrica (PALS)

Palavras-chave: frequência respiratória na RCP, ventilação pediátrica, PALS atualizado, parada cardiorrespiratória em crianças, retorno da circulação espontânea, hiperventilação, suporte avançado de vida pediátrico


Por que a frequência respiratória importa durante a RCP?

Durante a reanimação de crianças, manter uma frequência respiratória adequada é tão essencial quanto compressões torácicas eficazes. Ventilar demais ou de menos compromete a perfusão cerebral e coronariana, afetando diretamente as taxas de retorno da circulação espontânea (RCE) e a sobrevida neurológica.

Segundo o protocolo atualizado do PALS, controlar a ventilação é uma das principais intervenções clínicas de alto impacto durante a parada cardiorrespiratória pediátrica.


Tabela: Frequências respiratórias ideais por idade

Abaixo, você encontra as faixas recomendadas segundo o PALS para reanimação:

Faixa etáriaFrequência respiratória idealFrequência alta (prejudicial)
Lactentes (< 1 ano)12 a 20 respirações/minuto≥ 30 respirações/minuto
Crianças (> 1 ano)10 a 20 respirações/minuto≥ 25 respirações/minuto

⚠️ Frequências acima do ideal aumentam a pressão intratorácica, diminuem o retorno venoso e reduzem a perfusão miocárdica e cerebral.


Relação entre frequência respiratória e RCE/sobrevida

Diversos estudos clínicos e análises do PALS reforçam a importância de evitar hiperventilação durante a RCP, principalmente nas primeiras fases da parada.

Benefícios da ventilação adequada:

  • ✅ Aumenta as chances de retorno da circulação espontânea (RCE)
  • ✅ Melhora a oxigenação cerebral
  • ✅ Preserva a perfusão miocárdica
  • ✅ Melhora a sobrevida com bom prognóstico neurológico

Em pacientes intubados: o que muda?

A ventilação em pacientes com via aérea avançada (intubação orotraqueal) segue um ritmo fixo e contínuo, sem interromper as compressões:

SituaçãoFrequência recomendadaObservações
Paciente intubado1 respiração a cada 6 segundos (10 rpm)Ventilação assíncrona às compressões
Paciente não intubadoSeguir valores da tabela por idadeVentilação intercalada às compressões

Ligação com o uso da Epinefrina

O controle adequado da ventilação também potencializa os efeitos da Epinefrina, que age aumentando a perfusão cerebral e coronariana durante a RCP.

A hiperventilação pode atenuar os efeitos benéficos da Epinefrina, pois eleva a pressão intratorácica e reduz a pressão de perfusão.


Concluindo

Controlar a frequência respiratória durante a RCP pediátrica é fundamental para o sucesso da reanimação. Mais do que seguir um número, é garantir a qualidade da ventilação e respeitar os limites fisiológicos da criança.

Evite hiperventilar. Ventile no ritmo certo. Salve vidas.


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