Exame Físico Detalhado: Avaliação das Extremidades

Exame Físico Detalhado: Avaliação das Extremidades

Palavras-chave: exame físico, extremidades, trauma, circulação, dor, edema, comprometimento neurológico, sinais de infecção


🦵 Extremidades: Exame Detalhado

A avaliação das extremidades é uma parte crucial do exame físico, pois pode revelar sinais de trauma, alterações circulatórias, neurológicas e até sinais inflamatórios ou de infecção. Durante o exame, é importante avaliar a simetria, mobilidade, sensibilidade e a função neurológica de cada extremidade.


1. Inspeção das Extremidades

A inspeção visual das extremidades fornece informações valiosas sobre o estado geral das extremidades e a presença de anormalidades evidentes.

O que observar:

  • Deformidades: Procure por fraturas visíveis, luxações ou amputações.
  • Edema: Verifique se há inchaço nas extremidades, o que pode sugerir lesão traumática, comprometimento circulatório ou inflamação.
  • Cianose: A presença de cianose (coloração azulada) nas extremidades pode indicar hipoxemia ou circulação insuficiente.
  • Eritema ou calor: Inflamação local pode se apresentar como vermelhidão e calor, comumente associado a infecção ou tromboflebite.
  • Hematomas e equimoses: Hematomas visíveis podem sugerir um trauma recente ou lesão interna.

2. Palpação: Identificando Sensibilidade, Pulsos e Temperatura

A palpação das extremidades permite identificar áreas de dor, pulsos periféricos e alterações de temperatura que podem ser indicativas de comprometimento circulatório ou neurológico.

O que observar:

  • Sensibilidade: Pergunte ao paciente sobre dor ou desconforto ao tocar nas extremidades. A dor localizada pode ser um sinal de trauma ou inflamação.
  • Pulsos periféricos: Palpe os principais pulsos (radial, braquial, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso) para avaliar a circulação. Pulsos ausentes ou fracos podem indicar insuficiência arterial.
  • Temperatura da pele: Compare a temperatura das extremidades com o resto do corpo. Extremidades frias podem ser indicativas de hipotensão, choque ou insuficiência circulatória.
  • Edema: Ao palpá-lo, note se há induração (edema não pitting) ou depressão (edema pitting), o que pode indicar distúrbios vasculares, inflamação ou falência cardíaca.

3. Avaliação Neurológica das Extremidades

A função neurológica das extremidades deve ser cuidadosamente avaliada para detectar sinais de lesão nervosa, comprometimento motor ou sensitivo.

O que observar:

  • Força muscular: Peça ao paciente para movimentar as extremidades, flexionando e estendendo os braços e pernas. A fraqueza pode sugerir lesão nervosa ou neuropatia.
  • Sensibilidade tátil: Realize um teste de sensibilidade em cada extremidade, pedindo ao paciente para relatar se sente toque leve ou se há perda de sensibilidade, o que pode indicar uma lesão nervosa.
  • Reflexos: Verifique os reflexos patelares, aquileus e braquiais para avaliar o funcionamento do sistema nervoso periférico.
  • Coordenação e marcha: Observe se o paciente apresenta dificuldades em manter o equilíbrio ou caminhar normalmente, o que pode sugerir problemas neurológicos.

4. Movimentos Articulares e Avaliação de Articulações

A avaliação da mobilidade articular é essencial para identificar sinais de trauma, inflamação ou doenças articulares.

O que observar:

  • Amplitude de movimento: Avalie a mobilidade articular das extremidades superiores e inferiores, procurando por qualquer restrição de movimento ou deformidade articular.
  • Dor à movimentação: Pergunte ao paciente se sente dor durante o movimento das articulações. A dor nas articulações pode indicar artrite, lesões ligamentares ou trauma articular.
  • Instabilidade articular: Realize testes para identificar possíveis sinais de instabilidade ligamentar nas articulações do joelho, tornozelo e ombro.
  • Sinais de inflamação articular: Calor, inchaço e dor à palpação podem ser indicativos de artrite aguda ou bursite.

5. Testes Funcionais e de Capacidade Motora

Em algumas situações, é necessário realizar testes adicionais para avaliar a capacidade funcional das extremidades, como o movimento de flexão, extensão, pronação, supinação e elevação.

O que observar:

  • Teste de caminhada: Avalie se o paciente consegue andar sem dificuldade, verificar o passo e o equilíbrio durante o caminhar.
  • Teste de força contra resistência: Peça ao paciente para resistir a força aplicada, a fim de avaliar a força muscular nas extremidades.

✅ Resumo Prático

  • Inspeção das extremidades pode revelar sinais evidentes de trauma, edema, cianose ou infecção.
  • Palpação ajuda a identificar sensibilidade anormal, pulsos fracos e alterações na temperatura.
  • A avaliação neurológica é essencial para detectar comprometimento motor ou sensitivo nas extremidades.
  • Movimentos articulares e a capacidade funcional indicam o estado das articulações e da musculatura periférica.

Na avaliação das extremidades, sempre esteja atento a sinais de comprometimento vascular ou neurológico, pois podem ser indicativos de lesões graves ou distúrbios sistêmicos que exigem intervenção rápida.


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